terça-feira, 17 de setembro de 2019

Evangelho de Lucas 16, 19-31

Missa de 29 de setembro de 2019

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
                                          
                                         
Leituras
Primeira Leitura Am 6, 1a. 4-7
Salmo 145/146
Segunda Leitura 1Tm 6, 11-16
Evangelho Lc 16, 19-31

Mensagem Principal
Num mundo que insiste em dividir a humanidade entre ricos e pobres, a Palavra de Deus nos chama à verdadeira profecia que denuncia a dureza do coração de muitos homens e mulheres. A Justiça de Deus chama-nos a construir a igualdade com relações solidárias e carregadas de amor. Por isso, ao encerrarmos o Mês da Bíblia, peçamos nesta celebração Eucarística a graça da conversão e da transformação de nossa realidade. Fonte: Folheto Nova Aliança

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!

A parábola tem duas partes.
Na primeira (vers. 19-26), Lucas apresenta os dois personagens fundamentais da história, segundo um cliché literário muito comum na literatura bíblica: um rico que vive luxuosamente e que celebra grandes festas e um pobre, que tem fome, vive miseravelmente e está doente. No entanto, a morte dos dois muda radicalmente a situação. O que é que, verdadeiramente, está aqui em causa?
Atentemos nos dois personagens… Do rico diz-se, apenas, que se vestia de púrpura e linho fino, e que dava esplêndidas festas. De resto, não se diz se ele era mau ou bom, se frequentava ou não o templo, se explorava os pobres ou se era insensível ao seu sofrimento (aparentemente, isso não é decisivo para o desfecho); no entanto, quando morreu, foi para um lugar de tormentos. Do pobre Lázaro diz-se, apenas, que jazia ao portão do rico, que estava coberto de chagas, que desejava saciar-se das migalhas que caíam da mesa do rico e que os cães vinham lamber-lhe as chagas; quando morreu, Lázaro foi “levado pelos anjos ao seio de Abraão” (quer dizer, a um lugar de honra no festim presidido por Abraão. Trata-se do “banquete do Reino”, onde os eleitos se juntarão – de acordo com o imaginário judaico – com os patriarcas e os profetas); não se diz, no entanto, se Lázaro levou na terra uma vida exemplar ou se cometeu más acções, se foi um modelo de virtudes ou foi um homem carregado de defeitos, se trabalhava duramente ou se foi um parasita que não quis fazer nada para mudar a sua triste situação…
Nesta história, não parecem ser as acções boas ou más cometidas neste mundo pelos personagens (a história não faz qualquer referência a isso) que decidem a sorte deles no outro mundo. Então, porque é que um está destinado aos tormentos e outro ao “banquete do Reino”?
A resposta só pode ser uma: o que determina a diferença de destinos é a riqueza e a pobreza. O rico conhece os “tormentos” porque é rico; o pobre conhece o “banquete do Reino” porque é pobre. Mas então, a riqueza será pecado? Aqueles que acumularam riquezas sem defraudar ninguém serão culpados de alguma coisa? Ser rico equivale a ser mau e, portanto, a estar destinado aos “tormentos”?
Na perspectiva de Lucas, a riqueza – legítima ou ilegítima – é sempre culpada. Os bens não pertencem a ninguém em particular (nem sequer àqueles que trabalharam duramente para se apossar de uma fatia gorda dos bens que Deus colocou no mundo); mas são dons de Deus, postos à disposição de todos os seus filhos, para serem partilhados e para assegurarem uma vida digna a todos… Quem se apossa – ainda que legitimamente – desses bens em benefício próprio, sem os partilhar, está a defraudar o projecto de Deus. Quem usa os bens para ter uma vida luxuosa e sem cuidados, esquecendo-se das necessidades dos outros homens, está a defraudar os seus irmãos que vivem na miséria. Nesta história, Jesus ensina que não somos donos dos bens que Deus colocou nas nossas mãos, ainda que os tenhamos adquirido de forma legítima: somos apenas administradores, encarregados de partilhar com os irmãos aquilo que pertence a todos. Esquecer isto é viver de forma egoísta e, por isso, estar destinado aos “tormentos”.
Na segunda parte do nosso texto (vers. 27-31), insiste-se em que a Escritura – na qual os fariseus eram peritos – apresenta o caminho seguro para aprender e assumir a atitude correcta em relação aos bens. O rico ficou surdo às interpelações da Palavra de Deus (“Moisés e os Profetas”) e isso é que decidiu a sua sorte: ele não quis escutar as interpelações da Palavra e não se deixou transformar por ela. O versículo final (vers. 31) expressa perfeitamente a mensagem contida nesta segunda parte: até mesmo os milagres mais espectaculares são inúteis, quando o homem não acolheu no seu coração a Palavra de Deus. Só a Palavra de Deus pode fazer com que o homem corrija as opções erradas, saia do seu egoísmo, aprenda a amar e a partilhar.
A história que nos é proposta é uma ilustração das bem-aventuranças e dos “ais” de Lc 6,20-26… Anuncia-se, desta forma, que o projecto de Deus passa por um “Reino” de fraternidade, de amor e de partilha. Quem recusa esse projecto e escolhe viver fechado no seu egoísmo e auto-suficiência (os ricos), não pode fazer parte desse mundo novo de fraternidade que Deus quer propor aos homens (a imagem dos “tormentos”, contudo, não deve se levada demasiado a sério: faz parte do folclore oriental e das imagens que os pregadores da época utilizavam para impressionar as pessoas e levá-las a modificar radicalmente o seu comportamento). Fonte: Dehonianos.org
Ideia de roteiro para teatro


Personagem A: Oi amigo, tudo bem?

Personagem B: É... tudo! (responde desanimado)

Personagem A: Ai credo, que desânimo! Acho que não está tudo bem coisa nenhuma! Que cara é essa?

Personagem B: Ah, tô triste, preocupado, chateado e até um pouco nervoso!

Personagem A: Nossa! Então é grave! O que houve?

Personagem B: Sim, é muito muito grave!

Personagem A: Ai ai, tô ficando preocupado e nervoso também! Me diz o que aconteceu!

Personagem B: Foi lá na catequese!

Personagem A: Na catequese???

Personagem B: É... e se eu soubesse o que a catequista iria pedir eu dava um jeito de ter faltado...

Personagem A: Eu não estou entendendo é nadinha!

Personagem B: Pois veja só, acredita que a catequista pediu pra semana que vem cada um levar um brinquedo?

Personagem A: Oba! Dia do brinquedo, igual na escola!

Personagem B: Que oba o que!?! Não é nada disso! Se fosse eu estaria mega feliz! Mas acontece que ela pediu pra levarmos um brinquedo para doar, falou que tem crianças que não tem brinquedos... e quando tem muitas vezes está quebrado, faltando peças...

Personagem A: Ué, e você está triste por quê? Eu adorei a ideia! Pois é verdade o que ela falou... eu já ouvi que tem muitas crianças que não tem brinquedo, e não é só isso... as vezes não tem sapato, roupa, lápis de cor, biscoito recheado, salgadinho... Por isso temos que partilhar, daí quando morrermos vamos pro céu!

Personagem B: Credo, não me fale em morrer, ainda sou muito criança pra pensar nisso!

Personagem A: Isso é, mas temos que ter bom coração durante toda a vida e não apenas quando morrer!

Personagem B: Ah, quer saber de uma coisa!? Semana que vem eu vou ficar muito doente e vou faltar na catequese, daí não preciso me despedir de nenhum brinquedo lindo que tanto amo!

Catequista entra

Catequista: Olá crianças! Tá tudo bem por aqui? Eu ouvi alguém dizendo que vai faltar na catequese... é isso mesmo?

Personagem A: É isso mesmo... o Personagem B falou que... (é interrompido pelo Personagem A)

Personagem B: Ah, não falei nada não... É que... é que.... Ah sabe o que é catequista, eu não tenho condição de escolher um brinquedo pra doar, é muito difícil, gosto de todos, amo todos, adoro todos!

Personagem A: E só pra constar ele tem muito e muitos brinquedos...

Catequista: Nossa, e será mesmo que não tem unzinho que você não brinque mais?

Personagem A: Até tem! Mas ainda gosto deles... Cada um tem uma história... tem uns que tive que me esforçar muito pra conseguir!

Personagem B: Mas amigo, você está sendo egoísta! Um brinquedo a mais ou um brinquedo a menos pra você não fará diferença, você tem tudo o que quer! E para uma criança pobrezinha um brinquedo novo fará muita diferença, será uma grande alegria!

Catequista: Exatamente! Ao invés de você pensar só em você, que tal pensar no próximo, nos pobres, nos necessitados! Pois é o que Jesus nos ensina, não é verdade?

Personagem A: É verdade! (envergonhado)

Personagem B: Foi o que eu estava tentando te dizer! E não é catequista que quando partilhamos vamos para o céu?

Catequista: Vamos para o céu quando seguimos Jesus, quando somos caridosos, bondosos, quando paramos de olhar para nosso umbigo e olhamos para o mundo ao nosso redor e enxergamos as necessidades do outro.

Personagem A: Eu me preocupo com os outros, tenho dó, mas...

Personagem B: Eu não sei pra que tantos brinquedos, nem dá tempo de brincar com tudo...

Catequista: O egoísmo nos afasta de Deus! Impede que vivamos em comunidade e que façamos o bem! De nada adianta ter todas as coisas materiais se o nosso coração estiver vazio!

Personagem A: Ai, tô me sentindo um bobo egoísta.

Catequista: Certa vez ouvi uma frase muito linda e quero que vocês também aprendam e guardem pra sempre no coração.

Personagem B: Como uma lição? E como é?

Catequista: A frase é assim: Você faz o bem na terra e ganha um tesouro no céu!

Personagem A: Puxa! Linda mesmo!!!

Catequista: Não importa as coisas que temos e sim as que fazemos! Ter um, dois, três ou dez brinquedos podem não nos fazer verdadeiramente felizes. O que levamos pra vida são as coisas que trazemos no coração, como o amor, a amizade, a caridade, a doação!

Personagem B: E mais vale um brinquedo doado do que 2 engavetados! hehe

Personagem A: É verdade! Aprendi uma linda lição pra vida toda! Mas quer saber? Não vou doar um brinquedo!

Catequista e Personagem B: Não???

Personagem A: Vou doar logo 3!


Catequista: Isso mesmo, parabéns! Fico muito feliz e orgulhosa! E pode saber que Jesus e outras crianças ficarão ainda mais felizes que eu!

Sugestão de Música

E é lá no céu que encontramos nosso verdadeiro tesouro!


Ideia para trabalhar esse Evangelho


Fazer uma fila de cadeiras, uma atrás da outra, como um trenzinho. Essa fila irá simbolizar um muro. (use o numero de cadeiras conforme o número de crianças)

Identifique um lado da fileira como “NOS APROXIMA DE DEUS” e o outro lado como “NOS AFASTA DE DEUS”.

Usando folhas de papel duro, escreva frases com a pergunta:
Essa atitude nos aproxima ou nos afasta de Deus?

Exemplos:
Obedecer os pais, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Não mentir, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Fazer o bem, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Não ajudar o próximo, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Não nos apegar a coisas materiais, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Com as crianças sentadas nas cadeiras, faça uma pergunta para cada criança... E conforme responde, a criança deixa a cadeira e vai para o lado escolhido (próximo ou afastado de Deus).

Exemplo:
Pergunta da catequista: Obedecer os pais, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Resposta da criança: Nos aproxima.
Então catequista direciona criança para o lado que está identificado como ‘NOS APROXIMA DE DEUS’.

Pergunta da catequista: Não ajudar o próximo, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Resposta da criança: Nos afasta.
Então catequista direciona criança para o lado que está identificado como ‘NOS AFASTA DE DEUS’.

Depois de feitas todas as perguntas a catequista explica que essa brincadeira é para percebermos que estar próximo ou afastado de Deus é uma escolha nossa, como quem escolhe em qual lado  do muro quer viver! E que não é possível estar dos dois lados ao mesmo tempo. Explica também que somente com boas atitudes, ajudando as pessoas, amando uns aos outros e acreditando no amor de Deus é que conseguiremos estar juntinho de Jesus e de nosso amado Deus.

Depois, para abordar tema dividir, partilhar e doar, a catequista volta a questão do apego às coisas materiais.

Catequista inicia perguntando,
Crianças, Deus quer que todos nós tenhamos um coração bondoso e que só tenhamos atitudes boas e uma das principais atitudes que devemos ter é a Caridade, isso mesmo, caridade.
E sabe uma ótima forma de praticar a caridade?
É NÃO nos apegarmos às coisas materiais!

E sabem como podemos demonstrar a Deus que somos caridosos e que não temos apego por coisas materiais??
Fazendo doações, isso mesmo doações!
E vocês sabem o que as crianças podem doar???
Brinquedos e roupas...e explicar a questão da doação, que existem muitas crianças que não tem condições de ter nenhum brinquedo, nem roupas e as vezes nem comida.
E então, nós deveríamos doar aqueles brinquedos que não brincamos mais e aquela roupinha que não serve mais.
Essa é uma atitude que Deus ama e quer que todos nós tenhamos.

Ideia: Catequista pode propor e fazer com as crianças o dia da doação, montar uma caixa e pedir que no próximo encontro todas levem um brinquedinho ou uma roupinha para a doação.

Oração


Papai do céu me ajuda a ter um coração generoso e preocupado com as necessidades dos meus irmãos!
Que eu saiba ajudar a quem precisa, assim aprenderei que o verdadeiro tesouro que posso acumular são os que trago no coração! Amém!

Hoje é dia de São Miguel Arcanjo, nosso grande anjo protetor, rezamos pedindo a intercessão dele também: 

São Miguel Arcanjo, defeidei-nos no Combate!





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