sexta-feira, 17 de março de 2017

Evangelho de João 9,1.6-9.13-17.34-38

Missa de 26 de Março de 2017

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4º DOMINGO DA QUARESMA
O CEGO DE NASCENÇA

Leituras
Primeira Leitura 1Sm 16,1b.6-7.10-13a
Salmo 22 / 23
Segunda Leitura Ef 5,8-14
Evangelho Jo 9,1.6-9.13-17.34-38
Liturgia diária - Nova Aliança

Mensagem Principal

Há muita gente que pensa que todo mal e sofrimento é castigo pelo pecado. É importante que nós, cristãos, tenhamos uma visão certa a respeito do mal e do sofrimento. Cada dia nos defrontamos com muitos males e imperfeições que fazem sofrer. Pensar que o sofrimento é um castigo de Deus quase sempre é uma desculpa para deixar o outro sofrer e não fazer nada. Que esta Campanha da Fraternidade nos torne mais sensíveis e dispostos a saber o que podemos e devemos fazer em respeito à criação que Deus nos deu para cultivá-la e guardá-la.
(Fonte: folheto Nova Aliança)

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!

MENSAGEM


O nosso texto não é uma reportagem jornalística sobre a cura de um cego; mas é uma catequese, na qual se apresenta Jesus como a “luz” que veio iluminar o caminho dos homens. O “cego” da nossa história é um símbolo de todos os homens e mulheres que vivem na escuridão, privados da “luz”, prisioneiros dessas cadeias que os impedem de chegar à plenitude da vida. A reflexão apresenta-se em vários quadros.

No primeiro quadro (vers. 2-5), Jesus apresenta-se como “a luz do mundo”. Jesus e os discípulos estão diante de um cego de nascença. De acordo com a teologia da época, o sofrimento era sempre resultado do pecado; por isso, os discípulos estavam preocupados em saber se foi o cego que pecou ou se foram os seus pais. Jesus desmonta esta perspectiva e nega qualquer relação entre pecado e sofrimento. No entanto, a ocasião é propícia para ir mais além; e Jesus aproveita-a para mostrar que a missão que o Pai lhe confiou é ser “a luz do mundo” e encher de “luz” a vida dos que vivem nas trevas.

No segundo quadro (vers. 6-7), Jesus passa das palavras aos atos e prepara-se para dar a “luz” ao cego. Começa por cuspir no chão, fazer lodo com a saliva e ungir com esse lodo os olhos do cego. O gesto de fazer lodo reproduz, evidentemente, o gesto criador de Deus de Gn 2,7 (quando Deus amassou o barro e modelou o homem). A saliva transmitia, pensava-se, a própria força ou energia vital (equivale ao sopro de Deus, que deu vida a Adão – cf. Gn 2,7). Assim, Jesus juntou ao barro a sua própria energia vital, repetindo o gesto criador de Deus. A missão de Jesus é criar um Homem Novo, animado pelo Espírito de Jesus.

No entanto, a cura não é imediata: requer-se a cooperação do enfermo. “Vai lavar-te na piscina de Siloé” – diz-lhe Jesus. A disponibilidade do cego em obedecer à ordem de Jesus é um elemento essencial na cura e sublinha a sua adesão à proposta que Jesus lhe faz. A referência ao banho na piscina do “enviado” (o autor deste texto tem o cuidado de explicar que Siloé significa “enviado”) é, evidentemente, uma alusão à água de Jesus (o enviado do Pai), essa água que torna os homens novos, livres das trevas/escravidão. A comunidade joânica pretenderá, certamente, fazer aqui uma catequese sobre o batismo: quem quiser sair das trevas para viver na luz, como Homem Novo, tem de aceitar a água do batismo – isto é, tem de optar por Jesus e acolher a proposta de vida que Ele oferece.

Depois, o autor do texto coloca em cena várias personagens; essas personagens vão assumir representar vários papéis e assumir atitudes diversas diante da cura do cego.

Os primeiros a ocupar a cena são os vizinhos e conhecidos do cego (vers. 8-12). A imagem do cego, dependente e inválido, transformado em homem livre e independente, leva os seus concidadãos a interrogar-se. Percebem que de Jesus vem o dom da vida em plenitude; talvez anseiem pelo encontro com Jesus, mas não se atrevem a dar o passo definitivo (ir ao encontro de Jesus) para ter acesso à “luz”. Representam aqueles que percebem a novidade da proposta que Jesus traz, que sabem que essa proposta é libertadora, mas que vivem na inércia, no comodismo e não estão dispostos a sair do seu “cantinho”, do seu mundo limitado, para ir ao encontro da “luz”.

Um outro grupo que aparece em cena é o dos fariseus (vers. 13-17). Eles sabem perfeitamente que Jesus oferece a “luz”; mas recusam-na liminarmente. Para eles, interessa continuar com o esquema das “trevas”. Representam aqueles que têm conhecimento da novidade de Jesus, mas não estão dispostos a acolhê-la. Sentem-se mais confortáveis nos seus esquemas de escravidão e auto-suficiência e não estão dispostos a renunciar às “trevas”. Mais: opõem-se decididamente à “luz” que Jesus oferece e não aceitam que alguém queira sair da escravidão para a liberdade. Quando constatam que o homem curado por Jesus não está disposto a voltar atrás e a regressar aos esquemas de escravidão, expulsam-no da sinagoga: entre as “trevas” (que os dirigentes querem manter) e a “luz” (que Jesus oferece), não pode haver compromisso.

Depois, aparecem em cena os pais do cego (vers. 18-23). Eles limitam-se a constatar o acontecimento (o filho nasceu cego e agora vê), mas evitam comprometer-se. Na sua atitude, transparece o medo de quem é escravo e não tem coragem de passar das “trevas” para a “luz”. O texto explica, inclusive, que eles “tinham medo de ser expulsos da sinagoga”. A “sinagoga” designava o local do encontro da comunidade israelita; mas designava, também, a própria comunidade do Povo de Deus. Ser expulso da “sinagoga” significava a excomunhão, o risco de ser declarado herege e apóstata, de perder os pontos de referência comunitários, o cair na solidão, no ridículo, no descrédito e na marginalidade. Preferem a segurança da ordem estabelecida – embora injusta e opressora – do que os riscos da vida livre. Representam todos aqueles que, por medo, preferem continuar na escravidão, não provocar os dirigentes ou a opinião pública, do que correr o risco de aceitar a proposta transformadora de Jesus.

Finalmente, reparemos no “percurso” que o homem curado por Jesus faz. Antes de se encontrar com Jesus, é um homem prisioneiro das “trevas”, dependente e limitado. Depois, encontra-se com Jesus e recebe a “luz” (do encontro com Jesus resulta sempre uma proposta de vida nova para o homem). O relato descreve – com simplicidade, mas também de uma forma muito bela – a progressiva transformação que o homem vai sofrendo. Nos momentos imediatos à cura, ele não tem ainda grandes certezas (quando lhe perguntam por Jesus, responde: “não sei”; e quando lhe perguntam quem é Jesus, ele responde: “é um profeta”); mas a “luz” que agora brilha na sua vida vai-o amadurecendo progressivamente. Confrontado com os dirigentes e intimado a renegar a “luz” e a liberdade recebidas, ele torna-se, em dado momento, o homem das certezas, das convicções; argumenta com agilidade e inteligência, joga com a ironia, recusa-se a regressar à escravidão: mostra o homem adulto, maduro, livre, sem medo… É isso que a “luz” que Jesus oferece produz no homem. Finalmente, o texto descreve o estádio final dessa caminhada progressiva: a adesão plena a Jesus (vers. 35-38). Encontrando o ex-cego, Jesus convida-o a aderir ao “Filho do Homem” (“acreditas no Filho do Homem?” – vers. 35); a resposta do ex-cego é a adesão total: “creio, Senhor” (vers. 38). O título “Senhor” (“kyrios”) era o título com que a comunidade cristã primitiva designava Jesus, o Senhor glorioso. Diz, ainda, o texto, que o ex-cego se prostrou e adorou Jesus: adorar significa reconhecer Jesus como o projeto de Homem Novo que Deus apresenta aos homens, aderir a Ele e segui-l’O.

Neste percurso está simbolicamente representado o “caminho” do catecúmeno. O primeiro passo é o encontro com Jesus; depois, o catecúmeno manifesta a sua adesão à “luz” e vai amadurecendo a sua descoberta… Torna-se, progressivamente, um homem livre, sem medo, confiante; e esse “caminho” desemboca na adesão total a Jesus, no reconhecimento de que Ele é o Senhor que conduz a história e que tem uma proposta de vida para o homem… Depois disto, ao cristão nada mais interessa do que seguir Jesus.

A missão de Jesus é aqui apresentada como criação de um Homem Novo. Deus criou o homem para ser livre e feliz; mas o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, dominaram o coração do homem, prenderam-no num esquema de “cegueira” e frustraram o projeto de Deus. A missão de Jesus consistirá em destruir essa “cegueira”, libertar o homem e fazê-lo viver na “luz”. Trata-se de uma nova criação… Assim, da ação de Jesus irá nascer um Homem Novo, liberto do egoísmo e do pecado, vivendo na liberdade, a caminho da vida em plenitude.






Ideia de roteiro para teatro

(Personagem A: entra todo se achando, pois está com um brinquedo novo e com roupa e sapatos novos. Personagem B Percebe que o A está todo metido)

Personagem B: Oi Crianças!!! Oi Personagem A!!

Personagem A: Oi Personagem B (esfrega na cara dele tudo o que ele tem!!)

Personagem B: Nossa Personagem A o que aconteceu com você que esta desse jeito?

Personagem A: Desse jeito como?

Personagem B: Todo metido.

Personagem A: Ué, não está vendo como estou todo bonitão de roupa nova? E esse super brinquedo novo super legal que ganhei do meu pai? Não adianta nem me chamar para brincar que eu não posso. Não quero sujar minha roupa nova.

Personagem B: É, esto vendo sim! Mas precisa tudo isso??

Personagem A: Ah, você está com inveja isso sim.

Personagem B: Não estou não. Só acho que você não precisa ficar assim, pois ficou chato, não quer nem brincar pra não sujar sua roupa nova.

Personagem C: (entra todo tranquilo com uma roupa bem simples e de chinelo). Olá Amiguinhos!! Oi Galera!!! Tudo bem com vocês??

Personagem A: (nem responde Personagem C e já vai falando). Nossa isso é jeito de vir a Igreja? Com essa roupinha e de chinelo?

Personagem C: Eita, e o que é que tem?? Sempre me vesti assim e você nunca falou nada.

Personagem A: Pois é, mais agora estou falando. Dá para notar que sempre usa essa roupa de tão velha que está. Agora olha só minha roupa nova, como estou bonitão.

Personagem B: Liga não Personagem C,  hoje ele está se achando a última bolacha do pacote.

Personagem A: E olha só o meu brinquedo novo! 

Personagem C: Nossa que legal esse seu brinquedo. Faz tempo que quero um desse mas meu pai ainda não pode comprar pra mim. Mas ele disse que está guardando dinheiro para dar esse brinquedo no meu aniversário. Enquanto isso vou brincando com você ooooba!!!

Personagem A: Nem pensar! Com esse só eu que brinco!

Personagem C: Nossa você esta muito chato hoje, sabia? Você tem razão Personagem B, ele ta se achando hoje, melhor eu ir embora..tchau ( e sai todo triste )

Personagem B: O que é isso Personagem A? Agora você está exagerando. Para com isso.

(Personagem A: Percebe que exagerou e magoou seu amigo. Fica triste. A Catequista entra)

Catequista: Oi Crianças!!! Nossa o que aconteceu com o Personagem C? Passei por ele agora e ele estava tão triste que nem me ouviu cumprimentar. Vocês sabem o que aconteceu?

(Personagem B explica para catequista)

Personagem A: Ai Catequista, eu não sei o que aconteceu comigo. Acho que me empolguei com tudo e acabei dando mancada com meu amigo. Estou muito triste, muito mesmo.

Catequista: Calma Personagem A eu sei o que aconteceu. Você não prestou a atenção na missa, não é mesmo? Se tivesse entendido a mensagem que o Evangelho de hoje nos passou, nada disso teria acontecido.

Personagem A: É verdade!! Fiquei distraído com o meu brinquedo!! O que o Evangelho de hoje está ensinando??

Catequista: Então o evangelho de hoje no fala que Jesus Curou um homem cego!

Personagem  B: É verdade! Eu prestei a atenção.

Catequista: Jesus, não só curou esse homem cego, mas também o tirou da escuridão, ou seja, Jesus deu a luz para seus olhos. Mas no momento em que foi curado, o homem verdadeiramente acreditou nas palavras de Jesus e o obedeceu, indo ao rio lavar-se. Então nesse momento Jesus deu luz ao seus olhos e a seu coração, pois o homem havia acreditado Nele.

Personagem A: Então não tem nada haver comigo esse Evangelho Catequista. Eu não sou cego!

Catequista: Ai é que você se engana!! Sua atitude com o Personagem C mostra que você estava vivendo na escuridão e magoou seu amigo!

Personagem A: Nossa!! É verdade!! Tem tudo haver comigo!!

Catequista: O evangelho nos fala que Jesus é a Luz do Mundo, é a luz que elimina a escuridão. E essa luz torna tudo visível e nos permite enxergar as pessoas como mais carinho e amor, mesmo que elas sejam diferentes de nós, ou que possuam mais ou menos coisas que nós.

Personagem B: Que lindo Catequista!! Eu quero a Luz de Jesus na minha vida!!

Personagem A: Nossa Catequista, a senhora tem razão! Eu não segui nadinha o exemplo de Jesus hoje, né? Por ficar me achando melhor que meu amigo, fiz pouco dele e ainda tratei o com diferença.

Catequista: Isso mesmo! você ficou tão encantado com seus presentes que nem se quer percebeu que estava magoando seu amigo. Quando procuramos tratar todas as pessoas igualmente, mesmo que algumas tenham menos coisas que nós, e procuramos amar a todos sem fazer diferença de ninguém, estamos seguindo o exemplo de Jesus e sendo Luz para o mundo.

Personagem B: Então se sou iluminado pela Luz que é Jesus posso iluminar a todos com essa Luz?

Catequista: Isso mesmo! É assim que conseguimos ser como Jesus, com boas atitudes, com amor no coração, com cuidado com as pessoas e ajudando a quem precisa.

Personagem A: Realmente não segui em nada o exemplo de Jesus.

Catequista: Todos nós também podemos ser luz para o mundo. Todos somos filhos de Deus, por isso vivemos na luz. Assim podemos mostrar a luz a outras pessoas com atitudes boas e muito amor. Vamos pedir que o Espirito Santo encha o nosso coração com a vontade de iluminar a todos com a Luz que é Jesus através das nossas atitudes!

Personagem A: Agora vou correndo pedir perdão ao meu amigo e sair iluminando a todos com a Luz que é Jesus. Tchau!


Sugestão de Música



Ideia para trabalhar esse Evangelho


Para contar esta linda história, a sugestão é entregar essa porta e dizer que tem uma pessoa muito especial dentro. Então falar para cada um dar uma espiada. As crianças não conseguirão ver, pois está tudo escuro.
Entregar para cada criança uma venda preta. 

E então começar a contar a história!












Depois da parte que o cego se lava e começa a enxergar pede para a venda ser retirada.




Essa é uma ótima hora para uma reflexão sobre estar na escuridão e não ver nada. Pode ser falado que quando temos atitudes ruins como egoísmo, inveja, mentira, desobediência, estamos na escuridão. Que Assim como Jesus curou o Cego Ele quer nos curar e nos tirar da escuridão!


Mostrar o cego que agora enxerga. Ele vive na luz e está liberto da cegueira. Uma vez liberto e iluminado pela Luz que é Jesus, ele pode sair iluminando a todos ao seu redor.

Assim como o cego, nós também somos libertos da escuridão pela Luz que é Jesus somos convidados a iluminar a todos ao nosso redor!

Vamos Pintar!

Devemos conectar nosso coração ao de Jesus.


Então conseguiremos ser LUZ  para o mundo

Oração

Senhor, nos ajude a sempre ter atitudes boas, para que assim possamos ser luz para o mundo seguindo o exemplo de nosso senhor Jesus Cristo.

Ilumine nosso coração para que possamos sempre acreditar no teu amor e que assim possamos caminhar na luz.

Que no nosso coração tenha sempre a vontade de ajudar a quem precisa sem julgamentos e que possamos sempre olhar o coração e nunca a aparência.

Amém

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