sábado, 17 de setembro de 2016

Evangelho de Luca 16, 29-31

Missa de 25 de setembro de 2016


26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
                                               
                                           
Leituras
Primeira Leitura Am 6, 1a. 4-7
Salmo 145/146
Segunda Leitura 1Tm 6, 11-16
Evangelho Lc 16, 19-31

Mensagem Principal
Mais uma vez a liturgia nos apresenta a realidade e o perigo do apego às coisas terrenas. No entanto, somos chamados às coisas do céu. Não fomos feitos para este mundo e, por isso, não podemos nos contentar com os bens terrenos. A Igreja do Brasil celebra hoje o “Dia Nacional da Bíblia”, a Sagrada Escritura divinamente inspirada, que é luz para nossa vida. Ouvindo atentamente a Palavra de Deus saberemos como usar corretamente os bens deste mundo, sem deixar-nos escravizar por eles, colocando-os a serviço dos mais pobres. (Fonte: folheto Nova Aliança)

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!

HOMILIA
O POBRE LÁZARO

Esta parábola é uma seqüência de parábolas mencionadas por Jesus no Evangelho de Lucas, a do filho pródigo, o administrador infiel e automaticamente a parábola do rico e Lázaro.
Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém esta alegoria contradiz dois princípios:
1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação, é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental.
2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado a partir do contexto geral da Bíblia.
Na verdade Jesus nesta parábola não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se darão as recompensas. Ademais interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16:27, 25:31-40, ICo 15:51-55, Isa 4:16, 17, Ap 22:12), dentre outros textos.
Obviamente nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva, como criam, e isso através da verdadeira consideração a imutável lei de Deus aos profetas (Lc 16:27-31).
A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida.
Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel. “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” Lc 16:11.
Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna.
Portanto, fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas escrituras. Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos, o absurdo de ter que admitir ser o ‘seio de Abraão’ o lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros.
As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14:12-15,20 e 21, Sl 6:5, 115:17, Ec 9:3-6 e Isa 38:18).
Na verdade esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que nele depositava confiança. Os Judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício, do seu desagrado para com os ímpios.
O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus havia afastado os fariseus e os Judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna, esqueceram do segundo objetivo que se encerra na lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” Mt 22:39.
(Fonte: http://homilia.cancaonova.com/homilia/o-pobre-lazaro-lc-1619-31/)
Ideia de roteiro para teatro


Personagem A: Oi amigo, tudo bem?

Personagem B: É... tudo! (responde desanimado)

Personagem A: Ai credo, que desânimo! Acho que não está tudo bem coisa nenhuma! Que cara é essa?

Personagem B: Ah, tô triste, preocupado, chateado e até um pouco nervoso!

Personagem A: Nossa! Então é grave! O que houve?

Personagem B: Sim, é muito muito grave!

Personagem A: Ai ai, tô ficando preocupado e nervoso também! Me diz o que aconteceu!

Personagem B: Foi lá na catequese!

Personagem A: Na catequese???

Personagem B: É... e se eu soubesse o que a catequista iria pedir eu dava um jeito de ter faltado...

Personagem A: Eu não estou entendendo é nadinha!

Personagem B: Pois veja só, acredita que a catequista pediu pra semana que vem cada um levar um brinquedo?

Personagem A: Oba! Dia do brinquedo, igual na escola!

Personagem B: Que oba o que!?! Não é nada disso! Se fosse eu estaria mega feliz! Mas acontece que ela pediu pra levarmos um brinquedo para doar, falou que tem crianças que não tem brinquedos... e quando tem muitas vezes está quebrado, faltando peças...

Personagem A: Ué, e você está triste por quê? Eu adorei a ideia! Pois é verdade o que ela falou... eu já ouvi que tem muitas crianças que não tem brinquedo, e não é só isso... as vezes não tem sapato, roupa, lápis de cor, biscoito recheado, salgadinho... Por isso temos que partilhar, daí quando morrermos vamos pro céu!

Personagem B: Credo, não me fale em morrer, ainda sou muito criança pra pensar nisso!

Personagem A: Isso é, mas temos que ter bom coração durante toda a vida e não apenas quando morrer!

Personagem B: Ah, quer saber de uma coisa!? Semana que vem eu vou ficar muito doente e vou faltar na catequese, daí não preciso me despedir de nenhum brinquedo lindo que tanto amo!

Catequista entra

Catequista: Olá crianças! Tá tudo bem por aqui? Eu ouvi alguém dizendo que vai faltar na catequese... é isso mesmo?

Personagem A: É isso mesmo... o Personagem B falou que... (é interrompido pelo Personagem A)

Personagem B: Ah, não falei nada não... É que... é que.... Ah sabe o que é catequista, eu não tenho condição de escolher um brinquedo pra doar, é muito difícil, gosto de todos, amo todos, adoro todos!

Personagem A: E só pra constar ele tem muito e muitos brinquedos...

Catequista: Nossa, e será mesmo que não tem unzinho que você não brinque mais?

Personagem A: Até tem! Mas ainda gosto deles... Cada um tem uma história... tem uns que tive que me esforçar muito pra conseguir!

Personagem B: Mas amigo, você está sendo egoísta! Um brinquedo a mais ou um brinquedo a menos pra você não fará diferença, você tem tudo o que quer! E para uma criança pobrezinha um brinquedo novo fará muita diferença, será uma grande alegria!

Catequista: Exatamente! Ao invés de você pensar só em você, que tal pensar no próximo, nos pobres, nos necessitados! Pois é o que Jesus nos ensina, não é verdade?

Personagem A: É verdade! (envergonhado)

Personagem B: Foi o que eu estava tentando te dizer! E não é catequista que quando partilhamos vamos para o céu?

Catequista: Vamos para o céu quando seguimos Jesus, quando somos caridosos, bondosos, quando paramos de olhar para nosso umbigo e olhamos para o mundo ao nosso redor e enxergamos as necessidades do outro.

Personagem A: Eu me preocupo com os outros, tenho dó, mas...

Personagem B: Eu não sei pra que tantos brinquedos, nem dá tempo de brincar com tudo...

Catequista: O egoísmo nos afasta de Deus! Impede que vivamos em comunidade e que façamos o bem! De nada adianta ter todas as coisas materiais se o nosso coração estiver vazio!

Personagem A: Ai, tô me sentindo um bobo egoísta.

Catequista: Certa vez ouvi uma frase muito linda e quero que vocês também aprendam e guardem pra sempre no coração.

Personagem B: Como uma lição? E como é?

Catequista: A frase é assim: Você faz o bem na terra e ganha um tesouro no céu!

Personagem A: Puxa! Linda mesmo!!!

Catequista: Não importa as coisas que temos e sim as que fazemos! Ter um, dois, três ou dez brinquedos podem não nos fazer verdadeiramente felizes. O que levamos pra vida são as coisas que trazemos no coração, como o amor, a amizade, a caridade, a doação!

Personagem B: E mais vale um brinquedo doado do que 2 engavetados! hehe

Personagem A: É verdade! Aprendi uma linda lição pra vida toda! Mas quer saber? Não vou doar um brinquedo!

Catequista e Personagem B: Não???

Personagem A: Vou doar logo 3!


Catequista: Isso mesmo, parabéns! Fico muito feliz e orgulhosa! E pode saber que Jesus e outras crianças ficarão ainda mais felizes que eu!


Sugestão de Música

E é lá no céu que encontramos nosso verdadeiro tesouro!



Ideia para trabalhar esse Evangelho


Fazer uma fila de cadeiras, uma atrás da outra, como um trenzinho. Essa fila irá simbolizar um muro. (use o numero de cadeiras conforme o número de crianças)

Identifique um lado da fileira como “NOS APROXIMA DE DEUS” e o outro lado como “NOS AFASTA DE DEUS”.

Usando folhas de papel duro, escreva frases com a pergunta:
Essa atitude nos aproxima ou nos afasta de Deus?

Exemplos:
Obedecer os pais, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Não mentir, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Fazer o bem, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Não ajudar o próximo, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Não nos apegar a coisas materiais, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Com as crianças sentadas nas cadeiras, faça uma pergunta para cada criança... E conforme responde, a criança deixa a cadeira e vai para o lado escolhido (próximo ou afastado de Deus).

Exemplo:
Pergunta da catequista: Obedecer os pais, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Resposta da criança: Nos aproxima.
Então catequista direciona criança para o lado que está identificado como ‘NOS APROXIMA DE DEUS’.

Pergunta da catequista: Não ajudar o próximo, nos aproxima ou nos afasta de Deus?
Resposta da criança: Nos afasta.
Então catequista direciona criança para o lado que está identificado como ‘NOS AFASTA DE DEUS’.

Depois de feitas todas as perguntas a catequista explica que essa brincadeira é para percebermos que estar próximo ou afastado de Deus é uma escolha nossa, como quem escolhe em qual lado  do muro quer viver! E que não é possível estar dos dois lados ao mesmo tempo. Explica também que somente com boas atitudes, ajudando as pessoas, amando uns aos outros e acreditando no amor de Deus é que conseguiremos estar juntinho de Jesus e de nosso amado Deus.

Depois, para abordar tema dividir, partilhar e doar, a catequista volta a questão do apego às coisas materiais.

Catequista inicia perguntando,
Crianças, Deus quer que todos nós tenhamos um coração bondoso e que só tenhamos atitudes boas e uma das principais atitudes que devemos ter é a Caridade, isso mesmo, caridade.
E sabe uma ótima forma de praticar a caridade?
É NÃO nos apegarmos às coisas materiais!

E sabem como podemos demonstrar a Deus que somos caridosos e que não temos apego por coisas materiais??
Fazendo doações, isso mesmo doações!
E vocês sabem o que as crianças podem doar???
Brinquedos e roupas...e explicar a questão da doação, que existem muitas crianças que não tem condições de ter nenhum brinquedo, nem roupas e as vezes nem comida.
E então, nós deveríamos doar aqueles brinquedos que não brincamos mais e aquela roupinha que não serve mais.
Essa é uma atitude que Deus ama e quer que todos nós tenhamos.

Ideia: Catequista pode propor e fazer com as crianças o dia da doação, montar uma caixa e pedir que no próximo encontro todas levem um brinquedinho ou uma roupinha para a doação.
Oração


Papai do céu me ajuda a ter um coração generoso e preocupado com as necessidades dos meus irmãos!
Que eu saiba ajudar a quem precisa, assim aprenderei que o verdadeiro tesouro que posso acumular são os que trago no coração! Amém!





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