sábado, 25 de março de 2017

Evangelho de Mateus 21, 1-11

Missa de 09 de Abril de 2017

Resultado de imagem para desenho semana santaDOMINGO DE RAMOS E 
PAIXÃO DO SENHOR

Leituras
Evangelho Mt 21,1-11 (Domingo de Ramos)
Primeira Leitura Is 50,4-7
Salmo 21 / 22
Segunda Leitura Fl 2,6-11 
Evangelho Mt 27,11-54

Mensagem Principal

A liturgia deste Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor nos convida a perceber o alcance do amor de Deus Pai, manifestado em Cristo Jesus por todos nós. Para nos salvar, Ele aceitou até mesmo a morte humilhante na Cruz. Com o Domingo de Ramos, também iniciamos a nossa caminhada com Cristo em direção ao calvário, mas sem esquecer que a ressurreição é o nosso fim. Acompanhemos a entrada do Senhor em Jerusalém e celebremos, com piedade, os mistérios da nossa fé, naquela que para nós é a semana maior de nossa fé.
Fonte: Liturgia - Nova Aliança

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!

Evangelho Mt 21,1-11 
Tema do Domingo de Ramos

A liturgia deste último domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.
O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

Evangelho Mt 27,11-54
Mensagem

A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus apercebeu-Se de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar esse mundo novo, de justiça, de paz e de amor para todos os homens. Para concretizar este projecto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina “fazendo o bem” e anunciando a proximidade de um mundo novo, de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos. Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos, não deviam ser marginalizados, pois não eram amaldiçoados por Deus; ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus e aqueles que tinham um coração mais disponível para acolher o “Reino”; e avisou os “ricos” (os poderosos, os instalados), de que o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, o fechamento só podiam conduzir à morte.

O projeto libertador de Jesus entrou em choque – como era inevitável – com a atmosfera de egoísmo, de má vontade, de opressão que dominava o mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus: não estavam dispostas a renunciar a esses mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, domínio, privilégios; não estavam dispostas a arriscar, a desinstalar-se e a aceitar a conversão proposta por Jesus. Por isso, prenderam Jesus, julgaram-n’O, condenaram-n’O e pregaram-n’O numa cruz.

A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do “Reino”: resultou das tensões e resistências que a proposta do “Reino” provocou entre os que dominavam o mundo.

Podemos, também, dizer que a morte de Jesus é o culminar da sua vida; é a afirmação última, porém, mais radical e mais verdadeira (porque marcada com sangue), daquilo que Jesus pregou com palavras e com gestos: o amor, o dom total, o serviço.

Na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado – isto é, contra todas as causas objectivas que geram medo, injustiça, sofrimento, exploração e morte. Assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”.

Para além da reflexão geral sobre o sentido da paixão e morte de Jesus, convém ainda notar alguns dados que são exclusivos da versão mateana da paixão.


• Ao longo do relato da paixão, Mateus insiste no facto de os acontecimentos estarem relacionados com o cumprimento das Escrituras (cf. Mt 26,24.30.54.56;27,9). Mesmo quando não refere explicitamente o cumprimento das Escrituras, Mateus liga os acontecimentos da paixão de Jesus com figuras e factos do Antigo Testamento, a fim de demonstrar que a paixão e morte de Jesus faz parte do projeto de Deus, previsto desde sempre. A explicação para esta insistência no cumprimento das Escrituras deve ser buscada no seguinte facto: Mateus escreve para cristãos que vêm do judaísmo; Ele vai, portanto, fazer referência a citações e promessas do Antigo Testamento – conhecidas de cor por todos os judeus – a fim de demonstrar que Jesus era esse Messias anunciado pelos profetas e cujo destino passava pelo dom da vida.


• Também Marcos (cf. Mc 14,47) e Lucas (cf. Lc 22,50-51) contam como, no Getsemani, na altura em que Jesus foi preso, um dos elementos do grupo de Jesus agrediu com uma espada um servo do sumo-sacerdote. No entanto, só Mateus apresenta Jesus a condenar explicitamente o gesto, explicando que o projeto do Pai não passa pela violência, mesmo contra os agressores (cf. Mt 26,51-54). O caminho do Pai passa pelo amor e pelo dom da vida; por isso, os discípulos de Jesus não podem recorrer à violência, mesmo que se trate de defender uma causa justa. Este ensinamento tem, neste contexto, uma força especial: é quando Jesus é vítima inocente da violência que Ele afirma de forma clara a recusa absoluta da violência: o “Reino” de Deus nunca passará por esquemas de violência, de imposição, de poder e de prepotência. Na lógica do “Reino”, os fins nunca justificarão os meios.


• Só no Evangelho segundo Mateus aparece o relato da morte de Judas (cf. Mt 27,3-10. Temos uma outra versão do acontecimento em Act 1,18-19). O episódio deixa clara a iniquidade do processo e a inocência de Jesus. A forma como Mateus sublinha o desespero e o arrependimento de Judas deixa clara a inocência de Jesus, por um lado e, por outro, o desnorte dos responsáveis pelo processo, empenhados em “sacudir a água do capote” e em declinar responsabilidades.


• São exclusivos de Mateus o sonho da mulher de Pilatos (cf. Mt 27,19) e a lavagem das mãos por parte do procurador romano (cf. Mt 27,24). Estes pormenores aparecem aqui com uma dupla finalidade: por um lado, Mateus quer deixar claro que Jesus é inocente e que os próprios romanos reconhecem o facto; por outro, Mateus sugere que não foi o império romano, mas sim o próprio judaísmo que rejeitou Jesus e a sua proposta de “Reino”. Os pagãos reconhecem a inocência de Jesus; mas o seu próprio Povo rejeita-O. A frase que, no contexto do julgamento de Jesus, Mateus atribui ao Povo (“o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos” – Mt 27,25) deve também ser entendida neste enquadramento. Mateus explica dessa forma – aos cristãos que vêm do judaísmo – porque é que o judaísmo como conjunto está fora do “Reino”: o judaísmo rejeitou Jesus e quis eliminar a sua proposta.


• Também é exclusiva de Mateus a descrição dos factos que acompanharam a morte de Jesus: “o véu do Templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas fenderam-se. Abriram-se os túmulos e muitos dos corpos de santos que tinham morrido ressuscitaram; e, saindo do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade e apareceram a muitos” (Mt 27,51-53). Através destes elementos, Mateus quer sublinhar a importância do momento. É o tipo de sinais que, segundo a tradição apocalíptica, precederiam a manifestação de Deus, no final dos tempos. Estes sinais mostram que, apesar do aparente fracasso de Jesus, Deus está ali, a manifestar-Se como o salvador e libertador do seu Povo.


• Finalmente, só Mateus narra o episódio da “guarda” do sepulcro (cf. Mt 27,62-66). Provavelmente, o relato de Mateus tem uma finalidade apologética… Para os cristãos, o sepulcro vazio era a evidência de que Jesus tinha ressuscitado; mas alguns grupos judeus puseram a circular o rumor de que o corpo de Jesus tinha sido roubado pelos discípulos. Mateus trata de explicar a origem do rumor e de negá-lo veementemente.


Ideia de roteiro para teatro

Personagem A (cantando): Rosana hey! Rosana Há! Rosana Hey! Rosana Hey! Rosana Há! 

Personagem B: Quem é Rosana? 


Personagem A: Deve ser uma pessoa muito importante, pois na procissão a gente canta assim! 


Catequista: Oi crianças tudo bem? 


Personagem A e B: Sim catequista! 


Personagem B: Catequista, quem é Rosana? 


Catequista: Quem? 


Personagem B: Rosana, da música da procissão! 


Personagem A (cantando): Rosana hey! Rosana Há! Rosana Hey! Rosana Hey! Rosana Há! 


Catequista: Ah! Não é Rosana! É Hosana! É um canto, um hino de louvor à Deus! 


Personagem A: Ai meu Deus... e eu achando que era uma pessoa importante!! Estou muito animada para participar da procissão! Eu gosto muito de andar pelas ruas balançando aquelas folhas... Como é mesmo o nome catequista? 

Catequista: São os Ramos! 


Personagem B: Ah! Eu não! Não queria participar não! 

Catequista: E por que não? É uma data tão linda! É o início da semana maior da nossa fé!

Personagem A: Semana maior da nossa Fé?

Catequista: Isso mesmo! É quando celebramos o a crucificação, morte e ressurreição de Jesus. 

Personagem B: Eu sei que é bonito, mas eu não gosto! Aquelas pessoas não foram boas com Jesus! Mentiram pra ele! 


Catequista: Mentiram? Por quê? 


Personagem B: Porque fingiram gostar dele, cantaram músicas pra ele, disseram muitas coisas bonitas e depois entregaram ele pra morte! 


Personagem A: Nossa! Não tinha pensado nisso! 


Catequista: Prestem atenção crianças! As pessoas daquela época ouviam falar sobre as curas e milagres que Jesus realizava no meio do povo. E todos ficaram muito contentes, pois era um povo que sofria muito e queriam ter esperança de que as coisas seriam melhores. 


Personagem B: Mas se queriam que tudo melhorasse por que mataram Jesus depois? 


Personagem A: Ué! É como a catequista já explicou. Tinha que se cumprir o plano de salvação de Deus para nós! 

Catequista: Exatamente! E também para que se cumprisse o que diziam na palavra, onde falava que O rei viria montado em jumentinho. As pessoas esperavam pelo Messias, o enviado de Deus para libertá-las. 


Personagem A: O mais importante é proclamar que Jesus é o nosso Rei e reconhecer tudo o que Ele fez por nós! 


Catequista: Eu sei que é muito difícil entender. Jesus sofreu muito e foi condenado à morte de cruz para nossa salvação. Ele aceitou morrer para nos libertar de nossos pecados! Foi por amor à cada um de nós. E depois Jesus venceu a morte e ressuscitou, venceu a morte e nos deu esperança de uma nova vida nova!

Personagem B: Tudo bem então! Vou me animar! E dizer junto com todos: Bendito o que vem em nome do Senhor! 


Catequista: Isso mesmo! Somos o povo que espera o salvador e libertador que é Jesus! Vamos crianças, com muita alegria aclamar Jesus nosso rei e Salvador! E assim como os discípulos que foram buscar o jumentinho, sempre obedecer o que Jesus nos pede! 


Personagem A: Uau! Podemos dizer que também somos discípulos de Jesus catequista? 


Catequista: Claro que sim! Todos nós somos chamados à ser discípulos e caminhar com Jesus! Precisamos pedir que o Espírito Santo nos ajude a ficar grudadinhos em Jesus em todos os momentos. Ficar ao lado Dele quando, sentado em um jumentinho, entrou em Jerusalém, quando carregou, até o calvário, uma cruz pesada por cada um de nós e quando ressuscitou e nos garantiu o Paraíso! Amém!

Sugestão de Música

Hosana-Hei


Porque Me Amou Tanto Assim?

Ideia para trabalhar esse Evangelho
Este é um domingo muito importante em que precisamos preparar às crianças para tudo que ela irão viver nesta Semana Santa. 

A sugestão é viver com as crianças todos os momentos importantes que marcam a semana mais importante para nós!

# Domingo de Ramos
Resultado de imagem para DESENHO DOMINGO DE RAMOS PARA PINTARMaterial para a dinâmica: Ramos, Palmeiras, galhos, fitas.
Vamos juntos preparar os ramos e palmas para aclamar nosso Rei Jesus?
Confeccionar com as crianças arranjos com os ramos e montar com elas um tapete por onde Jesus deverá passar.
O tapete pode ser montado com TNT, EVA e enfeitado com desenhos feitos ou coloridos pelas crianças que mostrem Jesus como nosso Rei.
Em seguida podemos caminhar por este tapete, levando à frente a imagem de Jesus.

Ou pode ser dado uma volta em torno da Igreja.

#Ultima ceia e Lava-Pés

Resultado de imagem para ultima ceia de jesus para colorirSe for possível, em uma outra sala, colocar uma cortina bem grande dividindo a sala em 2 ambientes. Entrando com as crianças, pergunte se elas querem participar da ceia, da janta que Jesus preparou para os discípulos.
Ao passar a cortina, do outro lado estará preparado a ceia com um Pão Italiano e Suco de Uva.
Resultado de imagem para Jesus Lava pés para colorir



Após todos comerem repetindo os gestos de Jesus, então começar a lavar os pés das crianças ensinando que foi isso que Jesus fez para nos mostrar que viemos para servir!









#Paixão do Senhor
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Oração

Jesus, nosso amigo, salvador e nosso Rei, mantenha em meu coração a alegria de te receber como Rei e a certeza do seu amor infinito por nós!
Que nos possamos sempre te acolher com amor e festa em nossas casas e em nossas vidas!
Nos ensina a te amar e a ser gratos à ti todos os dias! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas.

 Amém!

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A TURMINHA DO CANTINHO DOS ANJOS DESEJA A TODOS UMA ABENÇOADA SEMANA SANTA A TODOS!!

domingo, 19 de março de 2017

Evangelho de João 11,3-7.17.20-27.33b-45

Missa de 02 de Abril de 2017


           5º Domingo da Quaresma
            "Lázaro, vem para fora!"

Leituras
Primeira Leitura Ez 37,12-14
Salmo 129 / 130
Segunda Leitura Rm 8,8-11
Evangelho Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45
Liturgia Diária


Mensagem Principal


Coloquemo-nos do lado da vida. A vida está onde Deus Pai, e Filho e Espírito Santo está. Se desejamos a vida plena e duradoura, coloquemo-nos do lado do Criador. Com o Criador podemos e devemos ser cuidadores, criadores e mantenedores, ajudando a salvaguardar o direito e a dignidade de vida das gerações futuras. Como Deus quer a vida, que as nossas ações contribuam para o advento deste mundo novo, que há de ser construído com o empenho renovado a cada dia, e que pode ser vislumbrado na bela imagem bíblica.

Fonte: Nova Aliança



Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!

MENSAGEM


A família de Betânia apresenta algumas características dignas de nota…
Em primeiro lugar, o autor da narração não faz qualquer referência a outros membros, para além de Maria, Marta e Lázaro: não há pai, nem mãe, nem filhos. Além disso, João insiste no grau de parentesco que une os três: são “irmãos” (vers. 1.2b.3.5.19.21.23.28.32.39). A palavra “irmão” (“adelfós”) será a palavra usada por Jesus, após a ressurreição, para definir a comunidade dos discípulos (Jo 20,17); e este apelativo será comum entre os membros da comunidade cristã primitiva (Jo 21,23).
Por outro lado, notemos a forma como é descrita a relação entre Jesus e esta família de irmãos… Trata-se de uma família amiga de Jesus, que Jesus conhece e que conhece Jesus, que ama Jesus e que é amada por Jesus, que recebe Jesus em sua casa.
Um fato abala a vida desta família: um irmão (Lázaro) está gravemente doente. As “irmãs” mostram o seu interesse, preocupação e solidariedade para com o “irmão” doente e informam Jesus.
A relação de Jesus com Lázaro é de afeto e amizade; mas Jesus não vai imediatamente ao seu encontro; parece, até, atrasar-se deliberadamente (vers. 6). Com a sua passividade, Jesus deixa que a morte física do “amigo” se consume. Provavelmente, na intenção do nosso catequista, o pormenor significa que Jesus não veio para alterar o ciclo normal da vida física do homem, libertando-o da morte biológica; veio, sim, para dar um novo sentido à morte física e para oferecer ao homem a vida eterna.
Depois de dois dias, Jesus resolve dirigir-se à Judeia ao encontro do “amigo”. No entanto, a oposição a Jesus está, precisamente, na Judeia e, de forma especial, em Jerusalém. Os discípulos tentam dissuadí-lo: eles não entenderam, ainda, que o plano do Pai é que Jesus dê vida ao homem enfermo, mesmo que para isso corra riscos e tenha de oferecer a sua própria vida. Jesus não dá atenção ao medo dos discípulos: a sua preocupação única é realizar o plano do Pai no sentido de dar vida ao homem. Jesus não pode abandonar o “amigo”: Ele é o pastor que desafia o perigo por amor dos seus.
Ao chegar a Betânia, Jesus encontrou o “amigo” sepultado há já quatro dias. De acordo com a mentalidade judaica, a morte era considerada definitiva a partir do terceiro dia. Quando Jesus chega, Lázaro está, pois, verdadeiramente morto. Jesus não elimina a morte física; mas, para quem é “amigo” de Jesus, a morte física não é mais do que um sono, do qual se acorda para descobrir a vida definitiva.
Por esta altura, entram em cena as “irmãs” de Lázaro. Marta é a primeira. Vem ao encontro de Jesus e insinua a sua reprovação: Jesus podia ter evitado a morte do amigo, se tivesse estado presente, pois onde Ele está reina a vida. No entanto, mesmo agora, Jesus poderá interceder junto de Deus, Deus atendê-lo-á e devolverá a vida física a Lázaro. Marta acredita em Deus; acredita que Jesus é um profeta, através de quem Deus atua no mundo; mas ainda não tem consciência de que Jesus é a vida do Pai e que Ele próprio dá a vida.
Jesus inicia a sua catequese dizendo-lhe: “teu irmão ressuscitará”. Marta pensa que as palavras de Jesus são uma consolação banal e que Ele se refere à crença farisaica, segundo a qual os mortos haveriam de reviver, no final dos tempos, quando se registasse a última intervenção de Deus na história humana. Isso ela já sabe; mas não chega: esse último dia ainda está tão longe…
Jesus, no entanto, não fala da ressurreição no final dos tempos. O que Ele diz é que, para quem é amigo de Jesus, não há morte, sequer. Jesus é “a ressurreição e a vida”. Para os seus amigos, a morte física é apenas a passagem desta vida para a vida plena. Jesus não evita a morte física; mas Ele oferece ao homem essa vida que se prolonga para sempre. Para que essa vida definitiva possa chegar ao homem é necessário, no entanto, que o homem se junte a Jesus e O siga, num caminho de amor e de dom da vida (“todo aquele que vive e acredita em mim, nunca morrerá”). A comunidade de Jesus (a comunidade dos que aderiram a Ele e ao seu projeto) é a comunidade daqueles que já possuem a vida definitiva. Eles passarão pela morte física; mas essa morte será apenas uma passagem para a verdadeira vida. E é essa vida verdadeira que Jesus quer oferecer. Confrontada com esta catequese (“acreditas nisto?”), Marta manifesta a sua adesão ao que Jesus diz e professa a sua fé no Senhor que dá a vida (“acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo”).
Maria, a outra irmã, tinha ficado em casa. Está imobilizada, paralisada pela dor sem esperança. Marta – que falara com Jesus e encontrara n’Ele a resposta para a situação que a fazia sofrer – convida a irmã a sair da sua dor e a ir, por sua vez, ao encontro de Jesus. Maria vai rapidamente, sem dar explicações a ninguém: ela tem consciência de que só em Jesus encontrará uma solução para o sofrimento que lhe enche o coração. Também nas palavras de Maria há uma reprovação a Jesus pelo fato de Ele não ter estado presente, impedindo a morte física de Lázaro. Jesus não pronuncia qualquer palavra de consolo, nem exorta à resignação (como é costume fazer nestes casos): vai fazer melhor do que isso e vai mostrar que Ele é, efetivamente, a ressurreição e a vida.
A cena da ressurreição de Lázaro começa com Jesus a chorar (vers. 35). Não é pranto ruidoso, mas sereno… Jesus mostra, dessa forma, o seu afeto por Lázaro, a sua saudade do amigo ausente. Ele – como nós – sente a dor, diante da morte física de uma pessoa amada; mas a sua dor não é desespero.
Jesus chega junto do sepulcro de Lázaro. A entrada da gruta onde Lázaro está sepultado está fechada com uma pedra (como era costume, entre os judeus). A pedra é, aqui, símbolo da definitividade da morte. Separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos, cortando qualquer relação entre um e outro.
Jesus, no entanto, manda tirar essa “pedra”: para os crentes, não se trata de duas realidades sem qualquer relação. Jesus, ao oferecer a vida plena, abate as barreiras criadas pela morte física. A morte física não afasta o homem da vida.
A ação de dar vida a Lázaro representa a concretização da missão que o Pai confiou a Jesus: dar vida plena e definitiva ao homem. É por isso que Jesus, antes de mandar Lázaro sair do sepulcro, ergue os olhos ao céu e dá graças ao Pai (vers. 41b-42): a sua oração demonstra a sua comunhão com o Pai e a sua obediência na concretização do plano do Pai. Depois, Jesus mostra Lázaro vivo na morte, provando à comunidade dos crentes que a morte física não interrompe a vida plena do discípulo que ama Jesus e O segue.
A família de Betânia representa a comunidade cristã, formada por irmãos e irmãs. Todos eles conhecem Jesus, são amigos de Jesus, acolhem Jesus na sua casa e na sua vida. Essa família também faz a experiência da morte física. Como é que deve lidar com ela? Com o desespero de quem acha que tudo acabou? Com a tristeza de quem acha que a morte venceu, por algum tempo, até que Deus ressuscite o “irmão” morto, no final dos tempos (perspetiva dos fariseus da época de Jesus)?
Não. Ser amigo de Jesus é saber que Ele é a ressurreição e a vida e que dá aos seus a vida plena, em todos os momentos. Ele não evita a morte física; mas a morte física é, para os que aderiram a Jesus, apenas a passagem (imediata) para a vida verdadeira e definitiva. Para os “amigos” de Jesus – para aqueles que acolhem a sua proposta e fazem da sua vida uma entrega a Deus e um dom aos irmãos – não há morte… Podemos chorar a saudade pela partida de um irmão, mas temos de saber que, ao deixar este mundo, ele encontrou a vida plena, na glória de Deus.





Ideia de roteiro para teatro

Catequista: Oi crianças, tudo bem?


Personagem A e B: Oi catequista! Sim, tá tudo bem!

Catequista: Que bom encontrá-las, pois estava mesmo pensando no que faremos na próxima aula da catequese!

Personagem A: E o que faremos?

Personagem B: É algo divertido?

Catequista: Sim, é algo muito legal! Vamos encenar o evangelho de hoje, pois ele nos ensina uma importante lição!

Personagem A: Mas catequista, se eu prestei bem atenção o evangelho conta que Lázaro, o amigo de Jesus, estava muito doente...

Personagem B: E fala também que Jesus foi chamado para ajudar esse amigo, mas que Jesus não foi...

Catequista: Sim, mas como o evangelho de hoje é longo, talvez vocês não tenham prestado atenção em toda a história...

Personagem A: É verdade, eu confesso... não prestei tanta atenção assim!

Personagem B: De qualquer forma acho uma história triste pra encenarmos, pois o amigo de Jesus morreu!

Catequista: Calma crianças, amanhã na catequese nós vamos conversar melhor com toda a turma, distribuir os personagens e ver como faremos!

Personagem A: Mas catequista, eu não quero ser o Lázaro não! Não quero encenar que tô doente e depois morrer...

Personagem B: Eu também não quero ser Lázaro! Poxa, sou uma criança tão bonita pra ficar todos escondido como uma múmia... Eu quero ser visto!!!

Personagem A: E também não quero ser Marta ou Maria, pois elas devem ter sofrido muito com a morte do irmão...

Personagem B: Eu também não quero... já pensou perder um irmãozinho... muito triste!

Personagem A: Eu quero ser Jesus! Ele tava fazendo outras coisas e só depois quando desocupou é que foi até Lázaro!

Personagem B: Eu que quero! Afinal Jesus curou!

Personagem A: Nem vem, eu falei primeiro!

Personagem B: Deixa, eu falei segundo... e eu quero bem mais!

Catequista: Crianças, por favor parem!

Personagem A: Então a senhora escolhe quem será Jesus, eu ou ele?

Personagem B: Isso, a senhora escolhe!

Catequista: Antes de qualquer escolha, vocês precisam entender que mais importante que o papel que cada um terá na encenação é a lição que Deus nos ensina com essa história!

Personagem A e B: É verdade, tá certo!

Catequista: Vejam bem, Lázaro estava doente e sua irmã chamou Jesus pedindo que Ele o curasse! Mas Jesus, mesmo triste pelo amigo doente, não foi imediatamente socorrê-lo!

Personagem A: Mas por que Jesus não correu se eles eram amigos?

Catequista: Porque Deus tinha um plano, e não era a hora de Jesus agir, mesmo sabendo do sofrimento de seus amigos e esperou a hora certa!

Personagem B: Mas Jesus demorou e Lázaro morreu!

Catequista: Sim, inclusive uma das irmãs de Lázaro ficou triste com Jesus, mas a outra se manteve forte e confiou em Jesus e clamou por um milagre!

Personagem A: Nossa, mas Lázaro já estava morto havia dias...

Catequista: Verdade! E, sabe, com certeza Jesus sofreu muito por seu amigo estar doente, mas Ele estava cuidando de outras pessoas, e mesmo sabendo que já podia ser tarde, foi até onde Lázaro estava, consolou Marta e Maria e clamou a Deus por um milagre! E o milagre aconteceu!!!

Personagem B: Uau! Jesus é demais!!!

Catequista: Exatamente, Jesus é demais! Ele nunca nos abandona! E é esta lição que devemos levar no coração, a de jamais desistir, mesmo nas situações mais difíceis devemos nos manter confiantes em Deus, buscar fazer o bem, buscar o consolo das pessoas, acreditando que para Deus é possível mudar qualquer situação, e que a força que precisamos vem dEle.

Personagem A: Que lindo Catequista!!! Não quero desistir nunca!!

Personagem B: Nem eu!!! Quero ficar firme no caminho de Jesus!

Catequista: Outra coisa crianças, observem um detalhe muito muito importante! Não foi Jesus que retirou a pedra de onde Lázaro estava sepultado... Ele pediu que outros tirassem! E sabem o por quê?

Personagens A e B: Não! Por que, por quê???

Catequista: Pra nos dizer que aquilo que é possível, como retirar a pedra por exemplo, nós precisamos fazer! Mas aquilo que é impossível devemos entregar nas mão de Deus!!!!

Personagem A: É mesmo uma bela lição!

Catequista: Sim! Lázaro ter ressuscitado foi um verdadeiro milagre! Mas o que temos que entender com esse milagre é que o importante é colocarmos o nosso coração, as nossas necessidades no coração de Jesus e Ele irá nos atender, dará o seu melhor sempre, pois diante das coisas mais difíceis Ele se coloca a nosso serviço, mesmo que não seja no momento que queremos e esperamos!

Personagem B: Nossa catequista, sabe que eu peço as coisas pra Jesus e quero ser atendido no mesmo instante... mas daí não acontece nada e penso que Ele estava ocupado pra me ouvir e desisto!

Catequista: Pois é! Na vida muitas vezes somos assim... diante de coisas tão menores desanimamos, não nos colocamos a serviço e desistimos! Temos uma fé pequena e não cremos nas coisas que Jesus é capaz de fazer por nós! 
E mais, Jesus nos mostrar que não se trata de ressuscitar nosso corpo físico, mas que quem segue Jesus, quem confia Nele jamais morrerá, pois Ele nos prometeu a vida eterna!

Personagem A: Quer saber?! Quero ser Marta que confiou que Jesus podia mudar aquela situação tão difícil!

Personagem B: Eu posso ser qualquer personagem! A senhora escolhe catequista!

Catequista: Parabéns meninos! Isso mesmo, estamos aqui para servir, para nos doar, fazer o bem seja como for, confiando sempre que Jesus está conosco e nunca nos abandonará! Vamos pedir que o Espirito Santo alimente nosso coração de força para tirar todas as pedras e coragem para sempre sermos confiantes de que Deus realiza o melhor sempre em nossas vidas!! Amém.

Sugestão de Música




Ideia para trabalhar esse Evangelho

Material para a dinâmica: Vendas e guloseimas

Para esse evangelho podemos trabalhar a confiança em Deus! Trabalhar a ideia de que aquilo que não está sob nosso controle deve ser entregue nas mãos de Deus e devemos confiar... confiar cegamente!


Então, a ideia é vendar as crianças, explicando que muitas vezes não enxergamos saída para nossos problemas e dilemas; muitas vezes, após já termos feito tudo que estava ao nosso alcance não encontramos uma solução para resolver aquilo que nos preocupa!

E que devemos fazer quando já não há saída, quando já não há solução??? Desanimar? Desistir? Ou confiar? Acreditar? Ter fé e entregar tudo nas mãos de Deus???

Após essa reflexão pergunte para as crianças: Vocês confiam em Deus? Confiam cegamente? Então se confiam, abram a boca!!!

E então, mesmo que desconfiadas ou temerosas, as crianças abrindo a boca recebem a grata surpresa de ganharem uma guloseima em suas boquinhas!!!

Conclui-se a dinâmica refletindo sobre o quão maravilhoso Deus é conosco! Que quando confiamos e nos entregamos Ele sempre nos surpreende e nos dá muito mais do que precisamos! Basta fazermos a nossa parte!

Oração

Espírito Santo, me ajuda a crer e confiar em Jesus do fundo do meu coração! 

Que eu não viva para as coisas do mundo e nem tenha uma fé apenas da boca pra fora, mas que eu viva para as coisas do céu e viva minha fé de corpo e alma. Assim, abraçando uma vida nova estarei cada vez mais juntinho de Deus!!!


Amém!