6º DOMINGO DO TEMPO COMUM
“TENS O PODER DE PURIFICAR-ME”
Leituras
Primeira Leitura Lv 13,1-2.44-46
Salmo (Sl 31(32))
Segunda Leitura 1Cor 10,31-11,1
Evangelho Mc 1,40-45
Mensagem Principal
Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:
Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!
A reacção de Jesus é estranha, pelo menos de acordo com os padrões judaicos. Em lugar de se afastar do leproso e de o acusar de infringir a Lei, Jesus olha-o “compadecido”, estende a mão e toca-lhe (vers. 41).
O verbo “compadecer-se” é aplicado, na literatura neo-testamentária, só a Deus e a Jesus. Habitualmente, é usado em contextos onde se refere a ternura de Deus pelos homens… Jesus é apresentado, assim, como o Deus com um coração cheio de amor pelos seus filhos, que Se “compadece” face à miséria e sofrimento dos homens.
Depois, o amor de Deus tornado presente em Jesus vai manifestar-se num gesto concreto para com o leproso… Jesus estende a mão e toca-o. É, evidentemente, um gesto “humano”, que manifesta a bondade e a solidariedade de Jesus para com o homem; mas o gesto de estender a mão tem um profundo significado teológico, pois é o gesto que acompanha, na história do Êxodo, as acções libertadoras de Deus em favor do seu Povo (cf. Ex 3,20;6,8;8,1;9,22;10,12;14,16.21.26-27; etc.). O amor de Deus manifesta-se como gesto libertador, que salva o homem leproso da escravidão em que a doença o havia lançado.
Por outro lado, ao tocar o leproso, Jesus está a infringir a Lei. Dessa forma, Ele denuncia uma Lei que criava marginalização e exclusão. Jesus, com a autoridade que Lhe vem de Deus, mostra que a marginalização imposta pela Lei não expressa a vontade de Deus. O gesto de tocar o leproso mostra que a distinção entre puro e impuro consagrada pela Lei não vem de Deus e não transmite a lógica de Deus; mostra que Deus não discrimina ninguém, que Ele quer amar e oferecer a liberdade a todos os seus filhos e que a todos Ele convida a integrar a família do “Reino”, a nova humanidade.
A resposta verbal de Jesus (“quero: fica limpo” – vers. 41) não acrescenta mais nada; apenas confirma o seu gesto. Mostra, por palavras, que, do ponto de vista de Deus, o leproso não é um marginal, um pecador condenado, um homem indigno, mas um filho amado a quem Deus quer oferecer a salvação e a vida plena.
A purificação do leproso significa, em primeiro lugar, que o “Reino de Deus” chegou ao meio dos homens e anuncia a irrupção desse mundo novo do qual Deus quer banir o sofrimento, a marginalização, a exclusão.
A purificação do leproso significa, também, a desmontagem da teologia oficial que considerava o leproso um maldito. Não é verdade – parece dizer o gesto de Jesus – que o leproso seja um impuro, um abandonado pela misericórdia de Deus, um prisioneiro do pecado, abandonado por Deus nas mãos das forças demoníacas. A misericórdia, a bondade, a ternura de Deus derramam-se sobre o leproso no gesto salvador de Jesus e dizem-lhe: “Deus ama-te e quer salvar-te”.
A purificação do leproso significa, finalmente, que o Reino de Deus não pactua com racismos de qualquer espécie: não há bons e maus, doentes e sãos, filhos e enjeitados, incluídos e excluídos; há apenas pessoas com dignidade e que não devem, em caso algum, ser privados dos seus direitos mais elementares, muito menos em nome de Deus.
Consumada a purificação do leproso, Jesus recomenda-lhe veementemente que não diga nada a ninguém (vers. 44). Esta recomendação de Jesus aparece várias vezes no Evangelho segundo Marcos (cf. Mc 1,34;5,43;7,36;7,36; etc.). Provavelmente, é um dado histórico, que resulta do facto de Jesus não querer gerar equívocos ou ser aceite pelas razões erradas. De acordo com Mt 11,5, a cura dos leprosos era uma obra do Messias; assim, o gesto de Jesus define-O como o Messias esperado.
Fonte: http://www.dehonianos.org
Ideia de roteiro para teatro
(Personagens A e B entram conversando)
PA: Sabe PB sempre achei aquele menino muito estranho
PB: Ah, eu também sempre achei ele estranho, mas agora sabemos por que neh!
(Catequista entra logo em seguida)
C: Oi pessoal, oi PA e PB
PA: Oi PC, tudo bem?
C: Tudo bem sim, mas me falem porque estão assim nessa conversa toda, nem falaram oi para as crianças
PB: Nossa verdade, Oi crianças
PA: Oi crianças
PB: C nós estamos conversando sobre um garoto super esquisito da nossa sala de aula
C: Nossa, mas porque vocês estão falando assim dele? chamando o garoto de esquisito?
C: Ai ai crianças o que está acontecendo com vocês, isso é jeito de falar de uma pessoa?
PA: Ah C quando a senhora souber o que descobrimos vai nos dar razão.
C: Crianças falem logo o que está acontecendo
PB: Seguinte C, nós sempre achamos esse menino esquisito, ele quase nunca fala com ninguém na sala de aula, e quando fala é todo chato.
PA: Pois é C, acontece que descobrimos que esse menino não tem religião nenhuma, ele disse que não gosta de ir à igreja e que nem sabe rezar.
PB: Como pode isso C, não saber rezar, eu hein!
PA: Por isso ele é todo estranho assim! eu não quero ter amizade com ele.
PB: Eu também não, to fora!
C: Crianças, vocês estão fazendo tudo errado!
PA: Como assim C?
PB: Acho que Deus não vai gostar se tivermos amizade com ele, um garoto que nem sabe rezar.
C: Crianças, realmente é muito triste que esse menino não tenha fé, mas isso não quer dizer que devem excluí-lo, muito pelo contrário vocês devem tentar se aproximar dele.
PA: Mas porque C?
C: Porque através de vocês, ele poderá ter a oportunidade de conhecer o amor de Deus. fazendo amizade com ele, com o tempo perceberá que vocês acreditam e buscam a Deus e assim poderá despertar no coração dele a vontade de conhecê-lo.
PB: Mas C, aprendo desde pequenininho sobre Deus, porque com ele não é assim?
C: Esta é uma boa pergunta PB! A verdade é que muitas pessoas só conheceram a Deus depois de adultos, infelizmente nem todo mundo tem a oportunidade de conhecer a Deus desde pequeno, e é ai que podemos ajudar!
PA: Mas como podemos ajudar?
C: Primeiramente vocês precisam entender que não se deve excluir ninguém.
PA: Não somos nós que o excluímos, ele que é esquisito, o que podemos fazer?
C: Crianças, independente de como ele seja, vocês que conhecem a Deus podem ajudá-lo a ser uma criança melhor, só precisam dar uma oportunidade para que a amizade aconteça. Não somos melhores que ninguém, mas podemos fazer a diferença, sendo exemplo.
PA: Então precisamos tentar nos aproximar dele e fazer amizade?
C: Sim! porque Deus não exclui nenhum de seus filhos, ele nos ama igualmente e precisamos fazer o mesmo, amando uns aos outros e levando seu amor a todos.
PB: C confesso que ainda estou com dificuldade de entender que devemos ter amizade com ele, parece estranho.
C: PB, o evangelho de hoje nos da um exemplo lindo de que não devemos excluir ninguém, seja qual motivo for.
PB: No evangelho?
C: Sim! O evangelho de hoje nos fala sobre o momento que Jesus curou o leproso, ou seja, curou um homem que estava doente e que era excluído da sociedade por estar doente. Jesus tocou no leproso e o curou e com essa atitude deixou claro que a descriminação e a exclusão não são da vontade de Deus.
PA: E Jesus não teve medo neh?
C: Jesus não teve medo de nada, nem de pegar a doença e nem de ir contra a lei da época, pois naquele tempo era proibido chegar perto de um leproso.
PB: E Jesus colocou a mão nele e o curou?
C: Sim! Jesus, além de curá-lo, ele também mostrou para todos que Deus não estava feliz com essa descriminação e exclusão que faziam com as pessoas que estavam doentes, pois quando na verdade elas precisavam de cuidado, carinho e amor.
PB: É realmente precisamos ajudá-lo!
C: Isso mesmo! Assim como Jesus fez com toda sua bondade e amor ele ajudou aquele homem que sofria muito e ainda mostrou para todas as pessoas que nunca devemos excluir ninguém, independente do motivo, que na verdade devemos acolher com amor aqueles que precisam, dar carinho e ternura.
PA: Jesus teve piedade daquele homem
C: Sim, mas foi muito mais que isso a atitude de Jesus, foi uma atitude de amor e demonstração, que que todo aquele desprezo por uma pessoa doente não era algo da vontade de Deus. Jesus nos mostrou naquele momento que precisamos cuidar, amar, respeita e acolher que precisa de ajuda e não excluir, que precisamos ter atitudes como a dele, de bondade e de amor.
Sugestão de Música
Ideia para trabalhar esse Evangelho
Devemos também ajudar aqueles que estão com o coração ferido, aqueles que
não conhecem a Deus e vivem na tristeza e no pecado.Confeccionar corações em feltro (um para cada criança).
Depois com uma canetinha preta desenhar bolinhas no coração para simbolizar a lepra, ou seja, o coração doente.
Entregar o coração para cada criança explicar para elas;
Que toda criança que não conhece o amor de Deus tem o coração ferido e triste, então começam a ter atitudes ruins que magoam e entristecem as pessoas ao seu redor.
Nós porém, podemos ajudar essas crianças que estão doentes do coração, apresentando Deus para elas, falando de Deus e do seu grande amor, bondade e ternura por todos nós
Entregar alguns band aid para todas as crianças de preferência bem coloridos
Depois pedir para colar os band aid no coração, onde estão as feridas, simbolizando o carinho que devemos ter com aqueles que precisam de cuidados, ou seja, que estão doentes do coração.
Para finalizar, após aplicarem o band ain no coração, pedir para fazerem uma oração para todos aqueles que precisam de cuidados.
Oração
Senhor meu Deus, que tenha no meu coração a certeza de que somos todos iguais, que eu possa ter a coragem e atitude de dizer a todos que o senhor não faz diferenças entre seus filhos e que nos ama por igual.
Ajude-me a ser um bom exemplo e assim possa levar seu amor a todos que se sentem cansados, excluídos e doentes.
Amém.
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