quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Evangelho de Marcos 1,40-45

Missa de 11 de Fevereiro de 2018

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM
“TENS O PODER DE PURIFICAR-ME” 
Resultado de imagem para desenho da cura do leproso



Leituras
Primeira Leitura Lv 13,1-2.44-46 
Salmo (Sl 31(32)) 
Segunda Leitura 1Cor 10,31-11,1 
Evangelho Mc 1,40-45




Mensagem Principal

Para ajudar a refletir e entender o evangelho de hoje:

Preparem-se... estamos preparando o alimento espiritual para os preferidos de Jesus: as crianças!
Um leproso – isto é, um homem doente, marginalizado da comunidade santa do Povo de Deus, considerado pecador e maldito – vem “ter com Jesus”. Provavelmente tinham chegado até ele ecos do anúncio do “Reino” e a pregação de Jesus tinha-lhe aberto um horizonte de esperança. O desejo de sair da situação de miséria e de marginalidade em que estava mergulhado vence o medo de infringir a Lei e ele aproxima-se de Jesus, sem respeitar as distâncias que um leproso devia manter das pessoas sãs. O pormenor dá conta do seu desespero e mostra a sua decisão em mudar a sua triste situação. Uma vez diante de Jesus, o leproso é humilde, mas insistente (“prostrou-se de joelhos e suplicou-lhe” – vers. 40), pois o encontro com Jesus é uma oportunidade de libertação que ele não pode desperdiçar. O que ele pretende de Jesus não é apenas ser curado, mas ser “purificado” dessa enfermidade que o torna impuro e indigno de pertencer à comunidade de Deus e à comunidade dos homens («se quiseres podes “purificar-me”» – vers. 40; o verbo grego “katharidzô” aqui utilizado não deve traduzir-se como “curar”, mas sim como “purificar” ou “limpar”). Ele confia no poder de Jesus, sabe que só Jesus pode ajudá-lo a superar a sua triste situação de miséria, de isolamento e de indignidade.
A reacção de Jesus é estranha, pelo menos de acordo com os padrões judaicos. Em lugar de se afastar do leproso e de o acusar de infringir a Lei, Jesus olha-o “compadecido”, estende a mão e toca-lhe (vers. 41).
O verbo “compadecer-se” é aplicado, na literatura neo-testamentária, só a Deus e a Jesus. Habitualmente, é usado em contextos onde se refere a ternura de Deus pelos homens… Jesus é apresentado, assim, como o Deus com um coração cheio de amor pelos seus filhos, que Se “compadece” face à miséria e sofrimento dos homens.
Depois, o amor de Deus tornado presente em Jesus vai manifestar-se num gesto concreto para com o leproso… Jesus estende a mão e toca-o. É, evidentemente, um gesto “humano”, que manifesta a bondade e a solidariedade de Jesus para com o homem; mas o gesto de estender a mão tem um profundo significado teológico, pois é o gesto que acompanha, na história do Êxodo, as acções libertadoras de Deus em favor do seu Povo (cf. Ex 3,20;6,8;8,1;9,22;10,12;14,16.21.26-27; etc.). O amor de Deus manifesta-se como gesto libertador, que salva o homem leproso da escravidão em que a doença o havia lançado.
Por outro lado, ao tocar o leproso, Jesus está a infringir a Lei. Dessa forma, Ele denuncia uma Lei que criava marginalização e exclusão. Jesus, com a autoridade que Lhe vem de Deus, mostra que a marginalização imposta pela Lei não expressa a vontade de Deus. O gesto de tocar o leproso mostra que a distinção entre puro e impuro consagrada pela Lei não vem de Deus e não transmite a lógica de Deus; mostra que Deus não discrimina ninguém, que Ele quer amar e oferecer a liberdade a todos os seus filhos e que a todos Ele convida a integrar a família do “Reino”, a nova humanidade.
A resposta verbal de Jesus (“quero: fica limpo” – vers. 41) não acrescenta mais nada; apenas confirma o seu gesto. Mostra, por palavras, que, do ponto de vista de Deus, o leproso não é um marginal, um pecador condenado, um homem indigno, mas um filho amado a quem Deus quer oferecer a salvação e a vida plena.
A purificação do leproso significa, em primeiro lugar, que o “Reino de Deus” chegou ao meio dos homens e anuncia a irrupção desse mundo novo do qual Deus quer banir o sofrimento, a marginalização, a exclusão.
A purificação do leproso significa, também, a desmontagem da teologia oficial que considerava o leproso um maldito. Não é verdade – parece dizer o gesto de Jesus – que o leproso seja um impuro, um abandonado pela misericórdia de Deus, um prisioneiro do pecado, abandonado por Deus nas mãos das forças demoníacas. A misericórdia, a bondade, a ternura de Deus derramam-se sobre o leproso no gesto salvador de Jesus e dizem-lhe: “Deus ama-te e quer salvar-te”.
A purificação do leproso significa, finalmente, que o Reino de Deus não pactua com racismos de qualquer espécie: não há bons e maus, doentes e sãos, filhos e enjeitados, incluídos e excluídos; há apenas pessoas com dignidade e que não devem, em caso algum, ser privados dos seus direitos mais elementares, muito menos em nome de Deus.
Consumada a purificação do leproso, Jesus recomenda-lhe veementemente que não diga nada a ninguém (vers. 44). Esta recomendação de Jesus aparece várias vezes no Evangelho segundo Marcos (cf. Mc 1,34;5,43;7,36;7,36; etc.). Provavelmente, é um dado histórico, que resulta do facto de Jesus não querer gerar equívocos ou ser aceite pelas razões erradas. De acordo com Mt 11,5, a cura dos leprosos era uma obra do Messias; assim, o gesto de Jesus define-O como o Messias esperado.
Fonte: http://www.dehonianos.org


Ideia de roteiro para teatro

  (Personagens A e B entram conversando)

PA: Sabe PB sempre achei aquele menino muito estranho
PB: Ah, eu também sempre achei ele estranho, mas agora sabemos por que neh!
(Catequista entra logo em seguida)
C: Oi pessoal, oi PA e PB
PA: Oi PC, tudo bem?
C: Tudo bem sim, mas me falem porque estão assim nessa conversa toda, nem falaram oi para as crianças
PB: Nossa verdade, Oi crianças
PA: Oi crianças
PB: C nós estamos conversando sobre um garoto super esquisito da nossa sala de aula
C: Nossa, mas porque vocês estão falando assim dele? chamando o garoto de esquisito?
C: Ai ai crianças o que está acontecendo com vocês, isso é jeito de falar de uma pessoa?
PA: Ah C quando a senhora souber o que descobrimos vai nos dar razão.
C: Crianças falem logo o que está acontecendo
PB: Seguinte C, nós sempre achamos esse menino esquisito, ele quase nunca fala com ninguém na sala de aula, e quando fala é todo chato.
PA: Pois é C, acontece que descobrimos que esse menino não tem religião nenhuma, ele disse que não gosta de ir à igreja e que nem sabe rezar.
PB: Como pode isso C, não saber rezar, eu hein!
PA: Por isso ele é todo estranho assim! eu não quero ter amizade com ele.
PB: Eu também não, to fora!
C: Crianças, vocês estão fazendo tudo errado!
PA: Como assim C?
PB: Acho que Deus não vai gostar se tivermos amizade com ele, um garoto que nem sabe rezar.
C: Crianças, realmente é muito triste que esse menino não tenha fé, mas isso não quer dizer que devem excluí-lo, muito pelo contrário vocês devem tentar se aproximar dele.
PA: Mas porque C?
C: Porque através de vocês, ele poderá ter a oportunidade de conhecer o amor de Deus. fazendo amizade com ele, com o tempo perceberá que vocês acreditam e buscam a Deus e assim poderá despertar no coração dele a vontade de conhecê-lo.
 PB: Mas C, aprendo desde pequenininho sobre Deus, porque com ele não é assim?
C: Esta é uma boa pergunta PB! A verdade é que muitas pessoas só conheceram a Deus depois de adultos, infelizmente nem todo mundo tem a oportunidade de conhecer a Deus desde pequeno, e é ai que podemos ajudar!
PA: Mas como podemos ajudar?
C: Primeiramente vocês precisam entender que não se deve excluir ninguém.
PA: Não somos nós que o excluímos, ele que é esquisito, o que podemos fazer?
 C: Crianças, independente de como ele seja, vocês que conhecem a Deus podem ajudá-lo a ser uma criança melhor, só precisam dar uma oportunidade para que a amizade aconteça. Não somos melhores que ninguém, mas podemos fazer a diferença, sendo exemplo.
PA: Então precisamos tentar nos aproximar dele e fazer amizade?
C: Sim! porque Deus não exclui nenhum de seus filhos, ele nos ama igualmente e precisamos fazer o mesmo, amando uns aos outros e levando seu amor a todos.
PB: C confesso que ainda estou com dificuldade de entender que devemos ter amizade com ele, parece estranho.
C: PB, o evangelho de hoje nos da um exemplo lindo de que não devemos excluir ninguém, seja qual motivo for.
PB: No evangelho?
C: Sim! O evangelho de hoje nos fala sobre o momento que Jesus curou o leproso, ou seja, curou um homem que estava doente e que era excluído da sociedade por estar doente. Jesus tocou no leproso e o curou e com essa atitude deixou claro que a descriminação e a exclusão não são da vontade de Deus.
PA: E Jesus não teve medo neh?
 C: Jesus não teve medo de nada, nem de pegar a doença e nem de ir contra a lei da época, pois naquele tempo era proibido chegar perto de um leproso.
PB: E Jesus colocou a mão nele e o curou?
C: Sim! Jesus, além de curá-lo, ele também mostrou para todos que Deus não estava feliz com essa descriminação e exclusão que faziam com as pessoas que estavam doentes, pois quando na verdade elas precisavam de cuidado, carinho e amor.
 PB: É realmente precisamos ajudá-lo!
C: Isso mesmo! Assim como Jesus fez com toda sua bondade e amor ele ajudou aquele homem que sofria muito e ainda mostrou para todas as pessoas que nunca devemos excluir ninguém, independente do motivo, que na verdade devemos acolher com amor aqueles que precisam, dar carinho e ternura.
 PA: Jesus teve piedade daquele homem
C: Sim, mas foi muito mais que isso a atitude de Jesus, foi uma atitude de amor e demonstração, que que todo aquele desprezo por uma pessoa doente não era algo da vontade de Deus. Jesus nos mostrou naquele momento que precisamos cuidar, amar, respeita e acolher que precisa de ajuda e não excluir, que precisamos ter atitudes como a dele, de bondade e de amor.




Sugestão de Música




Ideia para trabalhar esse Evangelho
Devemos também ajudar aqueles que estão com o coração ferido, aqueles que não conhecem a Deus e vivem na tristeza e no pecado.
Confeccionar corações em feltro (um para cada criança).
Depois com uma canetinha preta desenhar bolinhas no coração para simbolizar a lepra, ou seja, o coração doente.



 
Entregar o coração para cada criança explicar para elas;
Que toda criança que não conhece o amor de Deus tem o coração ferido e triste, então começam a ter atitudes ruins que magoam e entristecem as pessoas ao seu redor.
Nós porém, podemos ajudar essas crianças que estão doentes do coração, apresentando Deus para elas, falando de Deus e do seu grande amor, bondade e ternura por todos nós
Entregar alguns band aid para todas as crianças de preferência bem coloridos
Resultado de imagem para band aid colorido
Depois pedir para colar os band aid no coração, onde estão as feridas, simbolizando o carinho que devemos ter com aqueles que precisam de cuidados, ou seja, que estão doentes do coração.
Para finalizar, após aplicarem o band ain no coração, pedir para fazerem uma oração para todos aqueles que precisam de cuidados.

Oração
Senhor meu Deus, que tenha no meu coração a certeza de que somos todos iguais, que eu possa ter a coragem e atitude de dizer a todos que o senhor não faz diferenças entre seus filhos e que nos ama por igual.
Ajude-me a ser um bom exemplo e assim possa levar seu amor a todos que se sentem cansados, excluídos e doentes.
Amém.